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A CAATINGA: O Legado Ambiental Brasileiro




Em todo o planeta, a  Caatinga só pode ser encontrada no Brasil, sendo um bioma exclusivamente brasileiro. Considerada um dos biomas mais fragilizados dentre os biomas brasileiros, a Caatinga vem sofrendo uma considerável degradação ambiental através dos tempos. Na época da colonização do Brasil, grandes porções de terra da Caatinga foram utilizadas para o estabelecimento de monoculturas como a cana-de-açucar e de de extensas áreas de pastoreiro.



Abalando ainda mais a fragilidade da Caatinga, foram construídos "açudes" com o intuito de possibilitar a expansão das plantações e criações. Porém o intenso e equivocado processo de irrigação gerou, em muitos lugares, a salinização do solo, tornando-o impróprio para a agricultura. Devido a este fato, cerca de 40 km² da Caatinga já foram transformados em deserto.



Atualmente, uma das principais causas do desmatamento da Caatinga é a extração de mata nativa para a produção de lenha e carvão vegetal destinado ás fábricas de gesso e cerâmica do semi-árido do Nordeste.




Além da extração de mata nativa, há plantio de insumos vegetais para bio-combustíveis e pecuária. Segundo estimativas, cerca de 70% da Caatinga já se encontra alterada pelo homem e somente 0,28% de sua área encontra-se protegida por unidades de conservação. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, resta 53,62% da cobertura vegetal original. Os dois estados com maior incidência de desmatamento da Caatinga, são a Bahia e o Ceará.





Em 2010, foi realizado o primeiro monitoramento do bioma, constando-se que a Caatinga perde por ano, uma área de sua vegetação nativa equivalente a duas cidades de São Paulo. A área total desmatada equivale aos territórios dos estados do Maranhão e do Rio de Janeiro somados. O desmatamento da Caatinga é equivalente ao da Amazônia, bioma este cinco vezes maior que o da Caatinga. Como consequência desta devastação, algumas espécies já figuram a lista de espécies ameaçadas de extinção do IBAMA. Os felinos (gatos selvagens e onças), os herbívoros (capivara, veado-catingueiro), as aves (avoante, ariranha azul), e as abelhas nativas, figuram entre os mais ameaçados pela caça predatória e destruição do seu habitat natural. Como consequência á região Nordeste, é a perda de 1/3 de sua economia até 2100.




Para superar a situação, o Ministério do Meio Ambiente acredita que uma das soluções seria planejar uma nova matriz energética para a região, implementando a produção de energia eólica, energia solar e gás natural. Todavia, é necessário, inicialmente, a "conscientização ambiental" da população local e dos órgãos governamentais acerca do patrimônio biológico que a Caatinga possui, criando assim projetos de recuperação dos solos, reflorestamento e combate a desertificação para que a Caatinga resista, como o legado ambiental brasileiro para as futuras gerações do mundo.

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