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16 de Setembro - DIA MUNDIAL DA PRESERVAÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO


fonte: diariodoverde.jex.com.br

Há aproximadamente 400 milhões de anos, uma fina camada de um gás rarefeito chamado de ozônio (O³), se formava ao redor da Terra; protegendo sua superfície da radiação ultravioleta (UV) do Sol e, permitindo assim, o desenvolvimento da vida no planeta. Localizada na Estratosfera, entre 16 a 30 km de altitude, a Camada de Ozônio, possui hoje, uma espessura de aproximadamente 20 km e contém cerca de 90% do gás ozônio na atmosfera.

fonte: coladaweb.com

Mas como este gás se originou? 20% do ar que envolve nossa atmosfera é composto por moléculas de oxigênio (O²), representado quimicamente por dois átomos de oxigênio (O). Por serem consideradas pouco densas, as moléculas de oxigênio se elevam ás grandes altitudes, onde sofrem reações químicas consequentes da radiação solar na alta atmosfera, tendo como resultado a "quebra" destas moléculas de oxigênio (O²) e dividindo-se em dois átomos de oxigênio (O). Estes átomos de oxigênio (O) "livres", unem-se ás outras moléculas de oxigênio(O²) suspensas, para formar as moléculas de ozônio (O³); desse modo, podemos entender como a própria radiação solar (em comprimento de onda ultravioleta), ajuda na gênese do ozônio.

fonte: ricardogauchobio.com.br

A região onde ocorre este processo de "reionização", quando saturada de ozônio, funciona como um "filtro", onde as moléculas de ozônio (O³), absorvem a radiação ultravioleta e atenua seus efeitos devido á reações fotoquímicas.

fonte: veronicapacheco.wordpress.com

A Camada de Ozônio é uma das principais "barreiras" que protegem os seres vivos da radiação solar, pois se a energia solar absorvida pela atmosfera atingisse a superfície terrestre em sua totalidade, esterelizaria o planeta. Entretanto, nossa barreira vem se "deteriorando" nestes últimos anos. Os grandes responsáveis por sua destruição estão nos elementos Cloro (Cl) e Bromo (Br), presentes em produtos químicos industrializados pelo homem, como por exemplo o clorofluorcarboneto, ou "CFC", utilizado em equipamentos de refrigeração, condicionadores de ar, ou como propelente de sprays, ale´m de solventes industriais, espumas isolantes e componetes eletrônicos.

fonte: mercadoetico.terra.com.br

Os CFCs são muito utilizados por possuirem características relevantes para o comércio, como a baixa toxidade e por não serem inflamáveis, contudo (por serem muito estáveis), levam aproximadamente 150 anos para se decompor. Estes compostos, elevam-se na atmosfera, alcançando altitudes entre 10 a 50 km, onde sofrem reações químicas, consequentes da radiação solar, tendo como resultado a "liberação" do elemento químico Cloro (Cl).

fonte: portalsaofrancisco.com.br

Uma vez liberto na atmosfera, um único átomo de Cloro (Cl), destrói cerca de 100.000 moléculas de ozônio, antes de regressar á superfície terrestre, depois de muitos anos. Outros gases, como o Óxido Nítrico (NO), liberado pelos aviões na Estratosfera, também contribuem para a destruição da Camada de Ozônio. No final da década de 1960, eram liberadas perto de 1 milhão de toneladas de CFC por ano, sendo por meio dos Aerossóis a forma mais conhecida da liberação deste gases.

fonte: quimicaambiental204.blogspot.com

Apesar dos gases que prejudicam a Camada de Ozônio serem emitidos em todo mundo (cerca de 90% no hemisfério norte), resultantes da atividade humana, é na Antártida que a falha na camada é maior. A explicação se dá, devido ás constantes temperaturas baixas no Pólo Sul, que propiciam a formação de nuvens polares carregadas de moléculas de Cloro (Cl) e Bromo (Br) provenientes das correntes de todo o planeta. Quando a primavera polar chega, a combinação da radiação solar com as nuvens carregadas, potencializa a formação de radicais livres do Cloro e do Bromo, que "destrõem" as moléculas de Ozônio (O³) antártico, originando assim, a "rarefação" da Camada de Ozônio" (abaixo de 200 Unidades Dobson - unidade de medida que descreve a espessura da camada de ozônio).

fonte: guiadicas.net

O afinamento na Camada de Ozônio, ou também chamada de "Buraco da Camada de Ozônio", é um fenômeno que ocorre durante uma determinada época do ano, entre Agosto e início de Novembro, todavia, no decorrer dos meses sequentes, os níveis de ozônio aumenta na alta atmosfera, fechando assim o buraco. Com efeito, no ano 2000, as dimensões do buraco da camada de ozônio atingiram um valor máximo de 27 a 28 milhões de km², devido a um inverno rigoroso antártico. Em 2002, as dimensões sofreram um descréscimo e o buraco foi dividido em duas partes distintas, devido a uma vaga de calor sem precedentes na região, sendo considerado o menor dos buracos desde 1988.

fonte: revistaquem.globo.com

fonte: coljoaoxxiii.com.br

Em 2005, uma medição realizada pelo INPE, na Antártida, constatou que a concentração de ozônio estava em torno de 160 UDs, quando o normal seria esperar uma medição de 340 UDs. Abaixo de medida 220 UDs, já se pode considerar baixa densidade de ozônio ou formação do buraco, a qual causa danos ao ecossistema terrestre.

fonte: library.com.br

O Buraco na Camada de Ozônio não se restringe á Antártida, um efeito similar, porem mais fraco, foi detectado no Ártico e também em outras regiões do planeta, permitindo a intensificação dos raios ultravioletas (UV) e o aparecimento de novos buracos que poderão atingir qualquer região. Estima-se que a camada está se degradando á uma taxa de 5% a cada dez anos sobre o norte da Europa, contudo, a degradação do ozônio nas regiões polares é a mais comovente manifestação do efeito global em geral. Prevê-se, que um buraco sobre o Ártico do tamanho que se encontra na Antártida, possivelmente se torne uma ameaça ao hemisfério norte por várias décadas. A consequencia imediata da exposição prolongada á radiação UV, é a degeneração celular, da qual originará sérios problemas na pele, além dos problemas relacionados á visão (catarata por exemplo!), e a diminuição das defesas imunológicas, favorecendo o aparecimentode doenças infecciosas. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Ambiente, a redução de apenas 1% na espessura da Camada de Ozônio, é suficiente para a radiação UV cegar cerca de 100 mil pessoas por catarata e aumentar os casos de cancro de pele em 3%.

          belleclinique.blogspot.com  

fonte: tonhoc7.blogspot.com

A radiação UV excessiva, pode também diminuir a taxa de crescimento das plantas e aumentar a degradação dos plásticos, tal como aumentar a produção de ozônio troposférico e afetar ecossistemas terrestres e aquáticos, alterando assim, cadeias alimentares e ciclos bioquímicos. Com efeito, cerca de 2 anos após a descoberta do buraco da camada de ozônio sobre a atmosfera antática, os governos de diversos países, entre os quais a maioria dos paises da União Européia, assinaram em 1987, um acordo que ficou conhecido como "Protocolo de Montreal", afim de reconstituir a concentração de ozônio na alta atmosfera. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, o Protocolo de Montreal tem dado resultados, uma vez que foi registrada uma lenta diminuição da concentração de CFC após o bienio 1992/1994. Em fevereiro de 2003, cientistas da Nova Zelândia anunciaram que o buraco da camada de ozônio poderia ser fechado até 2050, como resultado das restrições internacionais impostas contra a emissão de gases nocivos. Mesmo assim, a luta pela restauração da camada de ozõnio tem que continuar, pois as substância de CFC têm um tempo longo de vida, já o ser humano não se sabe...

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