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MARCHA DE CARNAVAL PELA ÁGUA NO CHILE


No dia Mundial do Planeta Terra, aconteceu na cidade de Santiago, capital do Chile, a “Marcha de Carnaval Pela Recuperação de Recursos Hídricos” do país. Mais de uma centena de organizações ambientais, comunidades sociais e indígenas do norte, centro e sul do Chile, convergiram ao centro de Santiago em prol de um grande comício na praça La Moneda para sensibilizar o público sobre a situação de emergência enfrentada pelos diferentes setores do país pela crise da água.


Segundo o Código de 1981, a “Água” passou a ser um recurso hídrico de propriedade privada, dando ao Estado a autoridade para conceder direitos de uso da água para a perpetuidade livre e privada, além de permitir que esses direitos possam ser comprados, vendidos ou arrendados, sem levar em usar prioridades consideração.


A Marcha de Carnaval foi um convite aberto a todos setores sociais, nacionais e internacionais e contou com a participação de vários artistas chilenos. Fomos à marcha juntamente com a equipe da EkaChakra e caravanas do norte do Chile.


Partimos ás 10:30 hs da praça das artes, onde estavam concentrados muitas entidades ativistas e de outros seguimentos eco-sustentável.


Haviam muitas lideranças, ambientalistas, artistas e pudemos perceber claramente sua preocupação com a privatização da água.


Algumas lideranças como o Greenpeace, divulgaram sua preocupação com a compra de glaciares da Patagônia por um conglomerado empresarial e sua conseqüente destruição produção de água potável privada.


Outras ONGs expressavam sua indignação pela destruição de uma reserva nativa na Patagônia para construção de hidrelétricas.


Houve também participação da classe dos ciclistas, aversos à venda de uma reserva da Patagônia.


Presenciamos também, a indignação acerca da mineração no norte do Chile, o qual vem se esgotando os recursos hídricos e poluindo a pouca água que lhes restam e consequentemente o solo.


Percebemos também a preocupação dos ambientalistas com a fauna destes ecossistemas ameaçados.


Haviam também lideranças representando etnias indígenas, já que, grande parte de terras compradas para construção de hidrelétricas são territórios indígenas.


Apesar de presenciarmos a indignação de muitos órgãos sociais á governabilidade dos recursos hídricos do pais, a marcha teve um caráter pacífico e cívico.

Durante a Marcha, as três delegações participaram de um cerimônia ritual “Aguas de Chile”, onde cada comunidade compartilhou sua águas fluviais e entregaram uma carta ao Palácio do Governo, com as seguintes reinvidicações:

- A água não é mais uma mercadoria à mercê da mudança de capital.
- É desprivatice água consagrando como propriedade comum a ser essencial para cada um e todos os seres vivos.
- Promover e apoiar a gestão da comunidade no uso e cuidado das nossas águas.
- A revogação de instrumentos de privatização que separam a água do solo, levando ao uso irracional (Código de Águas, Minas Tratado Binacional, entre outros).
- É urgente ditar leis para proteger o território, especialmente os ambientes mais frágeis ou danificados pela ação de pessoas.
- E uma mudança institucional profunda, especialmente da Direcção Água, para parar o que eles chamam de "comportamento criminoso" pelo fato indiscriminado entrega de direitos de água que pode recarregar as bacias, e resolução de problemas técnicos De acordo com critérios de política econômica.


Participar desta marcha foi um ato marcante em nossas vidas, pois nesta mesma marcha pudemos conhecer um país de norte a sul. Uma marcha de todas as tribos indígenas, de todas as ONGs ambientais, de toda a classe artística chilena, enfim, de todo um povo humilde, porem guerreiro, que nada mais quer, senão um recurso que lhes foi dado por Deus: A Água, fonte da vida!

(Veja mais fotos da Marcha de Carnaval, no menu-link “Galeira” do Papo Reciclado)

VEJA ABAIXO O VÍDEO DA ABUELA GRILLO, SOBRE A CONSCIENTIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO CHILE!

 

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